quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Futuro do Trabalho


Ótima obra de Domenico de Masi!!! Nas mais de 300 páginas, ele faz uma enorme reflexão desde os tempos mais antigos sobre toda a evolução do trabalho. Realmente tem muito conhecimento nesse livro. Na quinta parte, a reflexão passa a ser quanto ao trabalho que está chegando, quanto ao posicionamento das empresas na questão de gestão de pessoas e etc…
Os assuntos tratados no livro:
Introdução:
  • O lado esquerdo da rua
  • A ultrapassagem
  • O trabalho é um vício recente
  • Quanto trabalho humano há num botão?
  • O comunismo perdeu, o capitalismo não venceu
  • Beco sem saída
  • Três problemas
  • A síndrome de Joanesburgo
  • Desemprego, trabalho, ócio criativo
  • O plano da obra
  • Sunnyside of the street
Primeira parte:
  • A DIFICULDADE DO TRABALHO
  • Oito peças de acusação
  • O leão e a gazela
  • Como num aquário
  • Hora extra
  • Companhia na dor
  • O tormento do tempo contado
  • A pluma e a andorinha
  • O inferno do medo
  • A degradação burocrática
  • Por uma ecologia do trabalho
  • Um perigo para a democracia
  • Carlitos e a minha amiga
  • O cantor e o torneiro
  • A dimensão ociosa
  • Ambiguidade e redenção
  • A empresa eficiente
  • Nostalgia da lentidão
  • A expulsão da criatividade
  • Pessoa e sociedade em primeiro lugar
  • A defasagem cultural
  • O corte epistemológico
Segunda parte:
  • TRABALHO E VIDA NAS COMUNIDADES PRÉ-INDUSTRIAIS
  • Ondas longas, ondas curtas
  • Oito objetivos, oito percursos
  • As ondas longas ficam cada vez mais curtas
  • A cidade e a bússola
  • As raízes da sociedade industrial
  • As máquinas humanas
  • Servos e libertos
  • Um mundo de coisas ricas de significado
  • Metecos e escravos
  • Roma: guerra, política e direito
  • Homens livres e escravos em Roma e na Itália
  • De escravos a servos
  • O “gado humano”
  • Servos da gleba
  • O trabalho dependente
  • Escravos por natureza, escravos por culpa
  • As vantagens da alforria
  • A importância da motivação
  • O fervor da invenção
  • O moinho d’água
  • A “síndrome de Vespasiano”
  • A invenção do purgatório: tertium datur
  • Um século alegre
  • O sino e o relógio
  • O monge: otiositas animae est inimica
  • O mercador
  • Instauratio magna
  • Bacon e Descartes
  • Idéias novas, miséria antiga
  • A industrialização antes da indústria
  • A cidade pré-industrial
  • A organização artesanal: casa e oficina
Terceira parte:
  • TRABALHO E VIDA NA SOCIEDADE INDUSTRIAL
  • A razão em primeiro lugar
  • Um salto épico
  • Uma lufada fresca e luminosa
  • O otimismo da razão leiga
  • Tolerância e utopia
  • Liberalismo e parcelização
  • Um monumento à razão
  • Tempo de trabalho, tempo de vida
  • Prometeu desacorrentado
  • Teares e fusos múltiplos
  • Resguardar os gênios
  • Três testemunhas a favor: Smith, Taylor e Ford
  • Três testemunhas contra: Owen, Tocqueville e Marx
  • Sob o signo da ruptura
  • Orientação para o produto
  • Os valores industriais
  • A barba e os sapatos
  • Metrópoles: chaminés e automóveis
  • Da casa que produz à casa que consome
  • O industrialismo
  • Mudanças radicais no trabalho e na vida
Quarta parte:
  • TRABALHO E VIDA NA SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL
  • Progresso em forma de crise
  • As sementes de uma nova sociedade
  • A sociedade de massa é o melhor dos mundos possíveis?
  • Uma nova visão do mundo
  • O obscuro objeto da crise
  • Muitos produtos, poucos produtores
  • Muitos nomes, muitos pontos de vista
  • Serviços e colarinhos brancos
  • Desestruturação do espaço e tempo
  • Os fatores da mudança
  • O progresso técnico-científico
  • O chip e o computador
  • Novos materiais e outras diabruras
  • A biotecnologia
  • O laser: potência e versatilidade
  • Novas lógicas
  • O progresso organizacional
  • Dez formas de globalização
  • Formas e substâncias da mudança
  • Uma nova ordem mundial: novas categorias, nova hierarquia
  • Uma nova criatividade: da descoberta à invenção
  • Um novo modelo descritivo: da idealização ao uso
  • Uma nova ordem mental: necessidades e valores
  • Uma nova relação entre empresa e mercado
  • Uma nova ordem existencial: homo faber, home ludens
  • Uma nova ordem urbana: de metropolis a telepolis
  • Antenas e cabos na cidade pós-industrial
  • telepolismo
  • O “consumo produtivo”
  • Sob o signo da conexão
  • O pós-industrialismo
  • Mercado e organização do trabalho pós-industrial
Quinta parte:
  • O QUE FAZER
  • Do universo da precisão à recuperação do aproximado
  • Progresso material e qualidade de vida
  • A tirania da precisão
  • Por que os gregos não desenvolveram a tecnologia?
  • A medida como prerrogativa celesta
  • A precisão desce à terra
  • Reapropriamo-nos do aproximativo
  • Trabalhar de modo solidário
  • Cavaleiros irados em cavalos serenos
  • A organização virtuosa
  • A chave mestra da motivação
  • A hegemonia da organização fabril
  • O negócio autolesivo
  • Nylon
  • A lição de Druker
  • Quatro tipologias organizacionais
  • Hibridização das lógicas
  • As vantagens do nonprofit
  • Trabalhar em qualquer parte
  • Velho tráfego, novas tecnologias
  • A casinha e a pirâmide
  • Que forma tem a Amway?
  • Gabor e Pribram
  • Conquista da ubiquidade
  • Oportunidade da desestruturação
  • O sonho de Taylor
  • A organização como rito
  • O que é teletrabalho
  • O que não é teletrabalho
  • A posição dos estudiosos
  • Inconvenientes temidos
  • Efeitos verificados
  • Prudência e miopia
  • O atraso das redes
  • Um deserto estreito
  • O espaço como fator produtivo
  • O lado morto das organizações
  • O poder como incumbência física
  • O tabu do erotismo
  • A fábrica que respira
  • O triunfo do masoquismo
  • Trabalho e vida
  • Trabalhar menos
  • “Sereis oferecidos como escravos e faltará comprador”
  • Trinta e três escravos para cada dona de casa
  • A obstinação administrativa com a duração do trabalho
  • Keynes: trabalhar três horas por dia
  • Andret: trabalhar duas horas por dia
  • Gorz: estamos todos em excesso
  • A síndrome japonesa
  • Prosuming e normalização
  • Dez teses do desenvolvimento sem trabalho
  • Aprender a ficar ocioso
  • O deus ocioso
  • O ócio dos não ociosos
  • Robô e longevidade
  • A sabedoria de Tuiavii
  • Sete estratagemas do sadomasoquismo laborioso
  • As peças de acusação
  • A pulga virtuosa Civilizações festeiras
  • Cortesia e feiura
  • Músculos e tédio
  • Absenteísmo do corpo e da mente
  • O ócio elevado a arte
  • O executivo, o zen e a motocicleta
  • Os lugares do ócio
  • Ócio e luxo
  • Novos tipos sociais
  • A cidade do Sol
  • Máquinas e organização
  • O indiano e o japonês
  • Saber viver, saber morrer
  • Econômica do ócio
  • Liberamos o pobre papalagi
Conclusão:
  • A coragem de recomeçar
  • Uma mudança óbvia; portanto, difícil
  • O que importa são os resultados
  • Uma completa revolução mental e material
  • A organização que não serve mais
  • A organização está morta. Viva a organização
  • O desafio da felicidade
  • Sísifo vingado
“Quem não vive o espírito do seu tempo, do seu tempo aproveita apenas os males.” Voltaire
Esse livro trata muito bem de um assunto que eu abordei posts passados, que é quanto a velocidade da evolução, ondas de evolução… Vejam uma parte que diz sobre isso:
No curso da história, esses saltos épicos foram raros: o surgimento há milhões de anos, primeiro, do homo habilis, depois, do homo esrectus e, depois ainda, do homo sapiens; o advento da civilização mesopotâmica há cinco mil anos, o da civilização grega há 2.500 anos, a formação da sociedade industrial a partir da metade do século XVIII e, enfim, o aparecimento da sociedade pós-industrial a partir de meados do século XX. Como se vê, a faixa de tempo entre uma etapa e outra é cada vez mais curta: do avento da agricultura ao da indústria decorreram oito mil anos; da sociedade industrial à pós-industrial passaram-se apenas dois séculos.
O tempo sem trabalho ocupa um espaço cada vez mais central na vida humano. É preciso, então, reprojetar a família, a escola, a vida, em função não só do trabalho mas também do tempo livre, de modo que ele não degenere em dissipação e agressividade mas se resolva em convivência pacífica e ócio criativo. É preciso criar uma nova condição existencial em que estudo, trabalho, tempo livre e atividades voluntárias cada vez mais se entrelacem e se potencializem reciprocamente.
Ótima obra pessoal, recomendo!
Domenico de Masi, nasceu em Rotello, Campobasso, Itália, em 1938. É professor titular de Sociologia do Trabalho na Universidade de Roma, “La Sapienza”. Fundou e preside a S3 Studium, escola de especialização em ciências organizacionais e já publicou vários livros, entre os quais A emoção e a regra, em que foi organizador, sucesso editorial lançado também pela José Olympio.


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