quinta-feira, 11 de julho de 2013

Fábricas de profissionais e impressoras de diplomas

Se um dia educar foi ‘ensinar’, hoje é ‘preparar’. E isso muda muita coisa. Ensinar é transmitir conhecimento, desenvolver o saber, ministrar o entendimento – já preparar é condicionar, induzir, aprontar para algum fim.
O processo de educação deixou de focar no crescimento do indivíduo e passou a tratar de seu encaixe na sociedade. ‘Estuda, daqui uns anos tem vestibular’. ‘Estuda, sem diploma você não arranja emprego’. ‘Trabalhe muito para dar conforto para sua família… quando você tiver uma’.
A escola e a universidade, enquanto deveriam ser ambientes de aprendizado, tornaram-se fábricas de profissionais e impressoras de diplomas. O saber passou a ser visto como algo objetivo, enquanto é uma das funções mais subjetivas do ser humano. A História, por exemplo, é ensinada a partir de um ponto de vista fixo, sem opiniões, discussões ou críticas… é apenas contada. Lembro também das aulas de redação, em que ninguém ligava para a qualidade do texto ou a criatividade do autor – o que importava era apenas seguir as regras da dissertação (que era o formato do vestibular).
A academia é enclausuradora, enquanto deveria ser libertadora.
“Eu nunca ensino aos meus alunos; Eu apenas tento proporcionar as condições nas quais eles podem aprender.” (Albert Einstein – a.k.a. O homem mais inteligente da história)
Já a família, que deveria transmitir valores e formar indivíduos íntegros, passou a ser uma estrutura de condicionamento infantil – que só ensina a estudar, crescer, trabalhar, procriar e enriquecer.
No nosso cotidiano, é comum vermos pessoas que queriam estudar artes e foram obrigadas, por seus pais, a irem para uma área mais “segura”, como engenharia, direito ou medicina. A estabilidade social (família, dinheiro, sucesso) tornou-se o fim, não a consequência. A normalidade agora é norma. E ai de quem não se encaixa dessa fórmula.
É difícil identificar um culpado. A família não tem culpa, essa clausura vem acumulada por gerações. A academia, hoje vista como mercadoria, corresponde à demanda existente. A criança não tem escolha, o adulto já passou pelo processo (e muitos sequer notam) e o adolescente, que é quem deveria ter a liberdade para fugir do formato imposto, está ocupado demais em suas dezenas de abas.
Existem frases que nos fazem pensar, como: A escola é para crianças com pais que não pararam para pensar sobre o que é escola, pois estavam preocupados demais trabalhando.
Assistam esse vídeo do Ken Robinson falando sobre o assunto no TED: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=aQym7WkF5ks#at=1165
Essa matéria é do site Comunicadores, link: http://comunicadores.info/2012/08/01/uma-multidao-enclausurada/
E para quem está achando que toda essa ideia é de que a educação não vale nada. Você não está entendendo muito bem. O motivo de tudo isso, é gerar um pensamento que gere ideias para reinventar o modo de educação em todo o mundo! Para deixar a criatividade livre! A cada dia que passa eu percebo que a Universidade para mim não é um lugar onde eu realmente aprendo o que gostaria de aprender. Assim como Ken Robinson fala no vídeo, não estou desmerecendo o trabalho de nenhum professor, maaas é fato que eu aprendo muito mais em casa do que na Universidade! Enquanto cada professor trabalha um livro a cada bimestre ou a cada mês, eu trabalho em 4 livros por semana, e ainda faço mais: assisto as palestras do TED na qual palestram as maiores mentes do momento de todo o mundo, leio blogs de pessoas e empresas que passam muita informação de conteúdo, estudo Inglês, Espanhol e Frânces, e diversos outras matérias que são do meu interesse como Inteligência Emocional, Microexpressões, linguagem corporal, história (principalmente biografia de pessoas que já fizeram muito em suas vidas; da evolução da raça humana e do Universo), química (principalmente a história dos elementos químicos), neurologia cognitiva (livros muito interessantes sobre as capacidades e mistérios da mente humana), culturas (povos antigos) e etc.
O pouco que já estudei até hoje (um pouco mais de 100 livros) + conteúdo online, já serviu para quebrar diversas aceitações sobre crenças e bases de conduta que a sociedade mantém.

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