quinta-feira, 11 de julho de 2013

Livro: A Essência da Sabedoria de Confúcio


Olá galera.
Para quem não sabe, Confúcio foi um filósofo da velha China. O que teve maior respeito e influência no Celeste Império, sem dúvida. Conhecido como o sábio dos sábios, por mais de dois mil anos moldou e dominou a mente chinesa. Confúcio ou “kung-fu-tzu”, nasceu em 551 A.C..
Um curioso auto-retrato de Confúcio que consta de uma de suas obras é o seguinte:
“Aos 15 anos eu já tinha o espírito inclinado ao estudo. Aos 30 senti-me firme como a montanha de Tai-shan. Aos 40 libertei-me de todas as dúvidas. Aos 50 já conhecia os decretos do céu. Aos 60 meus ouvidos ficaram sensíveis à recepção da verdade. Aos 70 podia seguir o que meu coração desejava sem transgredir o que era justo.”
Talvez pareça que Confúcio se compraz aqui em fazer o seu próprio elogio; entretanto, cumpre dizer que nunca ele se atribuiu a menor superioridade sobre os outros homens. Ofereceu seus conselhos aos que queriam escutá-lo, porém jamais se considerou um super-homem nem tentou tiranizar os seus discípulos.
Aos 22 anos, após o falecimento de sua mãe ele se retirou para dedicar-se inteiramente aos estudos filosóficos. Examinou detidamente os velhos livros canônicos ou “Kings’, e instruiu-se nas artes liberais que nenhum magistrado deve ignorar; a saber, a música, o cerimonial religioso e civil, a poesia, a matemática, a literatura, a ciência dos astros, a esgrima, a agricultura. Tal era a fama de sua sabedoria que de todos os lados vinham pessoas ter com ele para o consultar.
Recusou todos os cargos importantes que lhe foram oferecidos e dedicou-se a trabalhar exclusivamente para a reforma moral de seus concidadãos. Abriu então na sua casa, quando já tinha 30 anos, um salão de reunião intelectual, ao qual denominou “Sala do Pensamento Claro“.
Confúcio não teve pretensões de ser o criador das inovações que pregava. Dedicava-se apenas a reunir a ciência dos antigos sábios orientais, a coordenar as invenções anteriores e de fixar o que parecia vago e incerto. Para isso aconselhava a obediência a “Tien Shan”; o Pai Celeste; que o horassem e temessem; que amassem o próximo, como a si mesmos, e vencessem as suas baixas paixões com o domínio da vontade.
Durante 2.500 anos os chineses viveram de acordo com as regras éticas e religiosas que estabeleceram três sábios ilustres do século VI A.C.: Confúcio, Lao-tsé e Gautama, o Buda. Moralista e humanista, Confúcio legou à China um código ideal de harmonia social, compendio de relações humanas que se caracterizam pelo respeito aos ancestrais, a solidariedade da família e a veneração aos antepassados.
Moral de Confúcio:
  • “O que o homem superior procura está em si mesmo; o que os homens inferiores procuram está nos outros.”
  • “Se não conheces a vida, como queres conhecer a morte?”
  • “Ver o que é bom e não fazê-lo, é uma flata de valor.”
  • “Não é fácil encontrar um homem que tenha estudado filosofia profundamente durante três anos sem tornar-se bondoso.”
  • “Reflete e medita sobre tudo o que eu disse, e não terei falado em vão.”
  • “O pilar que sustinha este programa moral é a piedade filial.”
  • “Sabedoria, compaixão e coragem são as três qualidades morais do homem superior, universalmente reconhecidas.”
O mais legado literário de Confúcio, está, a meu ver, num livro intitulado “Ta Heo”, ou a Grande Doutrina. Primeiramente o homem deve ter sempre uma meta na vida. Ademais, cada um deve decidir por si mesmo o ponto exato que constituirá o ideal à ser alcançado. “Desta decisão surge a força do caráter. Da força do caráter surge a tranquilidade. E da tranquilidade nasce o sucesso.”
  • “Os antigos soberanos que primeiro almejaram a extensão dos princípios desta virtude transcendental através de todo o seu império, começaram cuidando da raiz; isto é, aplicando estes princípios em si mesmos, retificando suas ideias e purificando seus motivos. Puderam assim agir virtuosamente consigo próprio. Depois então procuraram expandir seus princípios de ação, aplicando-os em suas famílias, em seguida nos pequenos Estados da sua pátria e finalmente, a todo império chinês.”
  • “Não importa qual seja a nossa posição na vida – pois tanto para o imperador como para o mais humilde dos seus súditos, o dever é o mesmo: cuidar da raiz de si mesmo, do próprio desenvolvimento da mente. Se a raiz está arruinada, como podemos esperar que os ramos floresçam?”
  • “É na quietude que você possuirá a sua alma.”
  • “Estudar sem refletir, é perda de tempo; refletir sem estudar é perigoso.”
  • “Aquele cujos princípios estão completamente estabelecidos, não será facilmente afastado do caminho correto.”
  • “Aquele que cultiva a terra pode obter boas coisas, mas aquele que cultiva a sua própria mente possuirá um tesouro iluminado.”
Literalmente estas palavras encerram um louvor à tolerância. Assinalam um ideal comum a diversos credos não-cristãos que dizem:
  • Chinês: “Aquele que tem a mente ampla vê a verdade em diferentes religiões; o que tem a mente estreita vê apenas as diferenças.”
  • Budista: “A raiz da religião é a reverência às nossas crenças, a tolerância para com a crença dos outros, que jamais deve ser injuriada por nós.”
  • Grego: “Cuida em grande parte da tua boa educação, a fim de seres capaz de tolerar a sua falta nos outros.”
  • Judeu: “Quem ganha a sabedoria? Aquele que é capaz de receber instruções de todas as fontes.”
Quem me conhece sabe que se passar um tempo comigo, vai me ver muito sorrindo, principalmente sorrindo a toa. Ontem durante uma aula, uma amiga começou a brincar comigo dizendo que eu dou risada sozinho, olhando para o vidro. E eu falei à ela que era engraçado ver o reflexo no vidro. E os outros alunos começaram a dar risada em tom de deboche. Então eu falei a todos: “realmente acho engraçado o reflexo no vidro, e tento entender como isso foi feito. Algum de vocês ai sabe quem ou em que ano o vidro foi inventado, descoberto?? Ninguém né?! Pois é, e ai…” Então todos ficaram sem ter o que falar, desviaram o olhar, e a aula começou. O que passou em seguida em minha cabeça e que pensei em dizer mas não disse, foi o seguinte:
É muito fácil abrirmos os olhos (nascer) e ter todas as coisas que temos, bem  na nossa frente para o nosso uso. Tudo, desde a cadeira que você senta, ao computador que você usa e ao mercado que você faz compras. Tudo está aqui. Mas há anos, muitas pessoas abriam os olhos e não se deparavam com todas essas coisas. Então o que eu faço é observar tudo, e ler muito. Para entender um pouco mais sobre tudo. Ouvir os grandes sábios como Confúcio. Descobrir quem e como foram inventadas várias coisas que eu utilizo. Acho que isso é o mínimo que todos deveriam fazer!!! Então, se eu dou risada olhando para o meu reflexo no vidro, estou dando risada da minha ignorância em não saber absolutamente nada sobre nada. E busco a cada dia diminuir um pouco dessa ignorância aprendendo coisas significantes para minha vida.
É isso ai, como diz um cara que respeito muito, Ricardo Jordão Magalhães: QUEBRA TUDO!!! FOI PRA ISSO QUE EU VIM, E VOCÊ?!

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