A meditação não é fácil. Leva tempo e consome energia. Também exige firmeza, determinação e disciplina. Requer muitas qualidades pessoais que geralmente consideramos desagradáveis e que sempre que possível gostamos de evitar. Podemos resumir tudo na palavra iniciativa. Meditação necessita iniciativa. Com certeza é muitíssimo mais fácil sentar e assistir televisão.
Portanto, para que se incomodar com isso? Por que perder tanto tempo e energia quando poderia estar se divertindo? Por que? É simples. Porque você é humano. Exatamente pelo fato de ser humano você é herdeiro de uma insatisfação que é inerente à vida, algo que simplesmente não vai embora. Você pode suprimi-la de sua consciência por um tempo. Pode distrair-se por horas a fio, mas ela sempre volta e geralmente quando você menos espera. De repente, aparentemente de maneira inesperada, você abre os olhos e percebe qual a sua verdadeira situação na vida…
…A meditação é chamada de “Grande Mestra”. É o cadinho purificador do fogo que age lentamente através da compreensão. Quanto maior é a compreensão, mais flexível e tolerante você poderá ser. Quanto mais compreender, mais compassivo será. Pode-se tomar o pai ou mãe perfeita, o mestre ideal. Estará pronto para perdoar e esquecer. Sente amor ao próximo porque compreende. Compreende aos demais porque compreende a si mesmo. Você olhou profundamente em seu interior e viu sua auto-ilusão, suas próprias deficiências humanas. Viu sua própria humanidade e aprendeu a perdoar e amar. Quando aprender a ter compaixão por você mesmo, a compaixão pelos outros vem automaticamente. Um meditante realizado é aquele que alcançou uma profunda compreensão da vida e por isso liga-se ao mundo com profundo amor e sem críticas.
A meditação é como cultivar uma nova terra. Para transformar uma floresta em campo, primeiro tem de remover as árvores e arrancar os tocos. Depois, arar a terra e adubá-la. Então você semeia e colhe os frutos. Para cultivar a mente, primeiro você tem de remover os vários irritantes que estão no caminho, arrancá-los pela raiz de modo que não mais cresçam. Então fertiliza. Coloca energia e disciplina no solo mental. Semeia e colhe os frutos da fé, moralidade, plena atenção e sabedoria…
…Fé e moralidade tem um significado especial neste contexto. O Budismo não advoga fé no sentido de crer em algo apenas porque está escrito em um livro e tenha sido atribuído a um profeta ou lhe foi ensinado por alguma autoridade. Seu significado aqui está mais
próximo de confiança. E saber que algo é verdadeiro porque você viu como funciona, porque observou esse fenômeno em si mesmo. De modo análogo, moralidade não é obediência a rituais, a algo exterior, um código imposto de comportamento. É muito mais um padrão de hábitos saudáveis que se escolhe consciente e voluntariamente e que você se impõe a si mesmo porque o reconhece como superior à sua conduta atual..
A finalidade da meditação é a transformação pessoal. O “eu” que entra de um lado da meditação não é o mesmo “eu” que aparece do outro lado. Ao torná-lo profundamente consciente de seus próprios pensamentos, palavras e atos, ela modifica seu caráter pelo processo de sensibilização. Sua arrogância evapora e seu antagonismo seca. Sua mente toma-se tranquila e calma. Sua vida se torna suave.
Portanto, a meditação, feita como deve ser, prepara a pessoa para os altos e baixos da vida. Ela reduz sua tensão, medo e preocupação. A agitação diminui e a paixão se modera. As coisas começam a se encaixar e sua vida se toma macia ao invés de ser uma batalha. Tudo isto acontece pela compreensão. A meditação aguça a concentração e seu poder de pensar. Então, peça por peça, seus motivos e mecanismos subconscientes se tornam claros. Sua intuição é aguçada. A precisão de seus pensamentos aumenta e gradualmente se atinge um conhecimento direto das coisas como elas realmente são, sem preconceitos nem ilusões. Isto é razão suficiente para se preocupar? Dificilmente. São apenas promessas no papel. Existe apenas um meio para se verificar se a meditação vale a pena. Aprender a meditar corretamente e praticar.
Veja por você mesmo…
próximo de confiança. E saber que algo é verdadeiro porque você viu como funciona, porque observou esse fenômeno em si mesmo. De modo análogo, moralidade não é obediência a rituais, a algo exterior, um código imposto de comportamento. É muito mais um padrão de hábitos saudáveis que se escolhe consciente e voluntariamente e que você se impõe a si mesmo porque o reconhece como superior à sua conduta atual..
A finalidade da meditação é a transformação pessoal. O “eu” que entra de um lado da meditação não é o mesmo “eu” que aparece do outro lado. Ao torná-lo profundamente consciente de seus próprios pensamentos, palavras e atos, ela modifica seu caráter pelo processo de sensibilização. Sua arrogância evapora e seu antagonismo seca. Sua mente toma-se tranquila e calma. Sua vida se torna suave.
Portanto, a meditação, feita como deve ser, prepara a pessoa para os altos e baixos da vida. Ela reduz sua tensão, medo e preocupação. A agitação diminui e a paixão se modera. As coisas começam a se encaixar e sua vida se toma macia ao invés de ser uma batalha. Tudo isto acontece pela compreensão. A meditação aguça a concentração e seu poder de pensar. Então, peça por peça, seus motivos e mecanismos subconscientes se tornam claros. Sua intuição é aguçada. A precisão de seus pensamentos aumenta e gradualmente se atinge um conhecimento direto das coisas como elas realmente são, sem preconceitos nem ilusões. Isto é razão suficiente para se preocupar? Dificilmente. São apenas promessas no papel. Existe apenas um meio para se verificar se a meditação vale a pena. Aprender a meditar corretamente e praticar.
Veja por você mesmo…
Trechos retirados do livro “A Meditação da Plena Atenção” (O Caminho da Meditação)
Vipassana em linguagem simples
VENERÁVEL BHANTE HENEPOLA GUNARATANA
Vipassana em linguagem simples
VENERÁVEL BHANTE HENEPOLA GUNARATANA
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