Uma das minhas curiosidades e por tanto matéria de estudo, é a História. Porque as pessoas de hoje pensam o que pensam, porque as pessoas de hoje acreditam no que acreditam. Porque existe várias religiões. Fé, Deus, Deuses… Dentro disso tudo, o que é fato? Até onde vai a fé de uma pessoa para acreditar em algo? Baseado em que uma pessoa acredita no que acredita?
Por enquanto não vou entrar a fundo nesses assuntos, porém daqui um tempo com certeza irei. Só digo que acho ridículo uma pessoa dizer: “lá vem você filosofando” quando começo a fazer questões que todos deveriam pensar. A consciência de algumas pessoas é tão fraca que não conseguem ter um raciocínio de questionamentos? Descobrir mais sobre o meio em que se está? Não entendo ainda o porque de algumas pessoas, muitas pessoas, simplesmente não dar a minima atenção a isso. Bom, eu dou atenção a isso, e é por isso que estudo o que as pessoas de antigamente pensavam, leio livros como esse do Buda, outros como Confúcio, já li a Bíblia inteira, assisto diversos documentários sobre Astecas, Egípcios, Romanos e Gregos. Leio livros e assisto documentários sobre o Universo, sobre as teorias de formação do Universo, dos planetas, da Terra, da Vida na Terra, sobre a evolução. Tudo para descobrir mais sobre o meio em que estou e alem do conhecimento adquirido poder tirar minhas próprias conclusões sobre qual é a melhor forma de passar meus anos aqui.
Nesse post, quero passar um pouco do que você encontrará no livro Buda, de André Bareau.
Buda nasceu em meados do século VI antes da nossa era, num humilde burgo do Térai nepalês, no sopé dos primeiros contrafortes do Himalaia, em Kapilavastu. Pertencia ao pequeno povo dos Câkya e era filho dum pequeno nobre local saído do clã bramânico dos Gautama. Jovem ainda, deixou a sua família para levar uma vida de asceta errante, vestido de andrajos, mendigando o pão, não tendo para se abrigar do sol e da chuva senão a folhagem das árvores…
O objetivo principal das suas meditações foi então a procura do remédio para todas as dores, que tornavam insuportável a existência de cada ser vivo, homem, animal, condenado ou divindade. Numa das suas paragens perto do lugar de Uruvilvâ descobriu enfim, à força de concentração, a solução deste problema. Primeiramente, ele teve a visão das inumeráveis vidas que já tinha atravessado, em condições extremamente variáveis, mas sempre dolorosas, e isso confirmou a sua crença na teoria das transmigrações. Compreendeu, em seguida, que os prazeres e as penas sentidos pelos seres não são devidos aos acasos ou ao cumprimento mecânico dos ritos, mas apenas ao valor moral dos atos que eles próprios realizaram anteriormente, geralmente no decorrer duma existência passada. Finalmente, após ter considerado a realidade da dor inerente à vida e às vicissitudes, a realidade da orgiem desta dor, que reside nas paixões, a realidade da cessação destas e a realidade do caminho que conduz a esta libertação, ele teve subitamente a consciência do fato de que estava completa e definitivamente liberto de toda a paixão, portanto, de toda a dor e que não voltaria jamais a nascer. Ele tinha enfim atingido o Despertar (bodhi), ele tinha despertado (buddha) para a realidade essencial e fundamental e tinha adquirido através dela a inabalável paz que vem da extinção (nirvâna)…
Há três males fundamentais, que se chamam por isso as raízes do mal (akçâlamûla). São o desejo ou a cobiça, o ódio ou a malevolência, e o erro. O desejo (Kâma) ou a cobiça (lobha) é a rais de todas as paixões que conduzem o sujeito em direção ao seu objeto, o ódio (dvesa) ou a malevolência (vyâpâda) a raiz de todas as paixões que, pelo contrário, opõem o sujeito ao seu objetivo e por fim o erro (moha) que é a raiz de todas as falsas opiniões, de todas as ilusões, de tudo o que apresenta ao sujeito um objeto não conforme à realidade…
Recomenda-se utilizá-los, tanto como faculdades ou poderes (indriya) mas como forças(bala). Citam-se também os sete braços do Despertar completo (sambodhyanga) que são, a memória ou atenção, a investigação respeitante às coisas (dharmavicaya), a energia, a alegria (prîti), a tranquilidade (praçrabdhi), a concentração e a indiferença(upeksâ)…
As oito libertações: Este esvaziar do espírito pode ir ainda mais longe com os quatro recolhimentos (samâpatti) imateriais (ârûpya). Ultrapassando completamente as noções(samjñâ) das formas (rûpa), fazendo igualmente desaparecer mesmo as noções de reação (pratigha) dos outros objetos materiais ao encontro dos órgãos sensoriais, não prestando qualquer atenção às noções de diversidade ou de pluralidade (mâvâtva), o religioso contempla longamente o espaço (âkâça) vazio infinito. Ultrapassando em seguida, completamente, o domínio do infinito do espaço, no qual ele acaba de permanecer, ele comtempla a consciência (vijñâna) vazia no seu infinito. Depois, ultrapassando este domínio do infinito da consciência, ele atinge o domínio do nada(âkimcana) no qual, conforme constata, nada mais existe. Enfim, ultrapassando completamente o domínio do nada, ele fica no domínio onde nada mais há, nem noção nem ausência de noção. A vacuidade do seu espírito é então quase total…
A parábola dos cegos e do elefante: Esta célebre parábola ilustra a tese budista da vaidade e da nocividade da maior parte das especulações ditas intelectuais. A “sede das ideias” é tão prejudicial como a das formas, dos sons, etc. Em lugar de perderem o seu tempo a discutir, a baterem-se, a matarem-se entre si, sustentando ideias, dogmas ou teorias nascidas da sua ignorância e do seu orgulho, era preferível que os homens se esforçassem por apaziguar as suas paixões.
Então, o Bem-Aventurado disse: Oh! Monges, havia antigamente um rei chamado Face de Espelho. Uma vez, ele reuniu todos os cegos de nascença e disse-lhes: Ó cegos de nascença, conheceis vós os elefantes? Eles responderam: Oh! Grande rei, nós não os conhecemos nem temos deles qualquer noção. O rei disse-lhes ainda: Desejais vós conhecer a sua forma? – Decerto, nós desejamos conhecê-la. Imediatamente o rei ordenou aos seus servidores que trouxessem um elefante e aos cegos que tocassem no animal com as suas próprias mãos. Entre estes, alguns, tateando o elefante, tomaram-lhe a tromba e o rei disse-lhe: Isto é o elefante. Os outros, em tateando o elefante, agarraram-lhe quer a orelha, quer as defesas, quer a cabeça, quer o dorso, quer o flanco, quer a coxa, quer a parte anterior, quer os traços dos passos, quer a cauda. A todos o rei disse: Isto é o elefante. Então, o rei afastou o elefante e perguntou aos cegos: De que natureza é o elefante: Os cegos que o tinham pegado pela tromba disseram: O elefante é semelhante a um timão curvo. Aqueles que o tinham pegado pela orelha disseram: O elefante é semelhante a uma joeira. Aqueles que tinham pegado numa defesa disseram: O elefante é semelhante a um pequeno monte. Aqueles que lhe tinham tocado no flanco disseram: O elefante é semelhante a um muro. Aqueles que lhe tinham pegado na coxa disseram: O elefante é semelhante a uma árvore. Aqueles que lhe tinham pegado na pata disseram O elefanta é semelhante a uma coluna. Aqueles que tinham tocado nos traços dos passos disseram: O elefante é semelhante a argamassa. Aqueles que lhe tinham pegado na causada disseram: O elefante é semelhante a uma corda. No fim acusaram-se todos de ter errado. Uns diziam: É assim. Os outros replicavam: Não, não é assim. Em lugar de se apaziguar, a sua discussão tornou-se uma verdadeira contenda. Quando o rei viu aquilo, não pôde impedir-se de rir, depois do que pronunciou esta estância:
Os cegos aqui reunidos disputam-se e zangam-se. O corpo do elefante é, evidentemente, único e são as percepções diferentes que produziram estes erros divergentes.
E Buda disse: Oh! Monges, assim é para as diversas doutrinas dos heterodoxos. Eles não conhecem, nem a verdade da dor, nem a verdade da origem, nem a verdade da cessação, nem a verdade da via. Cada um deles tem uma opinião diferente da dos outros e criticam-se mutuamente. Cada um pretende ter razão e isso faz nascer as disputas e as querelas. Os religiosos e os brâmanes que podem conhecer, segundo a realidade, a santa verdade da dor, a santa verdade da origem da dor, a santa verdade da cessação da dor, a santa verdade da saída da dor, esses refletem por eles próprios e encontram-se todos de acordo. Eles têm a mesma experiência, o mesmo mestre, a mesma água, o mesmo leito. Eles queimam-se com ardor pela Lei de Buda e permanecem longo tempo na felicidade da quietude. (Dîrgha-âgama, Lokaprajñaptisûtra, edição de Taishô Issaikyô, no. 1, p. 128c-129a).
Notar-se-á que o que leva o santo budista a agir deste modo não é tanto, como no santo cristão, o amor dos seres, mas o desejo de paz, desta serenidade nascida da cessação definitiva das paixões e de outras perturbações do espírito. Como espantar-nos desta concepção, se aos olhos do Bodhisattva os seres não passam de conjuntos complexos de fenômenos em perpétua transformação e o Deus criador, a quem o cristão exprime o seu amor através daquele que ele dá às suas criaturas, não tem para ele qualquer realidade? Se aos olhos do cristão as virtudes budistas lhe parecem bem frouxas, a caridade e as outras virtudes cristãs surgem por sua vez aos budistas entranhadas de ardor apaixonado e apoiadas em falsas opiniões.
Não tire conclusões precipitadas. Se o assunto te faz interessar, pesquise mais, estude mais sobre tudo isso. Aqui mesmo no blog vou postar outros resumos de livros sobre o assunto, livros de meditação e também de física quântica. Isso mesmo, tem livros de física quântica que falam sobre alguns desses assuntos.
Eu pratico meditação toda semana, no minimo quatro vezes, o resultado é uma sensação incrível de paz interior, de tranquilidade mental. Com apenas 15 minutos de meditação diária consigo um resultado incrível. Logo postarei um livro que ensina a meditar.
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