quinta-feira, 3 de julho de 2014

Insights livro: O Elemento-chave, Ken Robinson


O Elemento-Chave, Ken Robinson

O elemento-chave

Meu objetivo com este livro é iluminar seus pensamentos para que você possa ver com clareza certos conceitos que talvez já tenha percebido intuitivamente. Pretendo inspirá-lo a encontrar seu Elemento e ajudar outras pessoas nessa tarefa. Este não é um livro de autoajuda e nele não há exercícios ou questionários. Minha esperança é que você descubra uma nova maneira de encarar o seu potencial e o potencial daqueles que o cercam.

Pense diferente

Quantos sentidos temos?
Cinco: tato, paladar, olfato, visão e audição
Sexto: equilíbrio
Os fisiologistas em geral concordam que, além dos sentidos que conhecemos, existem outros quatro. O primeiro é o sentido de temperatura (termocepção), que é diferente do tato.
O segundo é o da dor (nocicepção), atualmente aceita pelos cientistas como uma sensação independente do toque e da temperatura. Um outro sentido é o vestibular (equilibriocepção), onde se incluem o equilíbrio e aceleração. E há ainda o sentido sinestésico (propriocepção), que nos dá a compreensão do espaço ocupado por nossos membros do corpo, e de como se dá a relação entre eles. Trata-se de uma percepção essencial para o indivíduo levantar, andar e voltar para onde estava.
            Todos esses sentidos contribuem para nossa sensação de estar no mundo e para nossa capacidade de funcionarmos dentro dele.

Na biografia de Einstein, Walter Isaacson diz:
            Quando era um jovem estudante, ele nunca teve facilidade para aprender por memorização. Mais tarde, como teórico, conquistou o sucesso não pela força bruta de seu poder de processamento mental, mas pelo valor de sua imaginação e criatividade. Era capaz de construir equações extremamente complexas, mas, mais importante, sabia que a matemática é a linguagem que a natureza utiliza para descrever suas maravilhas.

Quando se defrontava com um problema no seu trabalho, Einstein recorria ao violino para ajudá-lo. Um amigo contou a Isaacson:
            Ele costumava tocar violino na cozinha até tarde da noite, improvisando melodias enquanto pensava sobre problemas complicados. Então, de repente, no meio da música, anunciava entusiasmado: “Sim, é isso!” A resposta ao problema vinha por inspiração enquanto tocava.

            O que Einstein parecia compreender muito bem é que a criatividade e o crescimento intelectual surgem quando abraçamos a natureza dinâmica da inteligência. O crescimento vem pela analogia, pela capacidade de perceber como as coisas estão interligadas, e não como são diferentes. As histórias de epifania contadas neste livro indicam que muitos dos momentos em que subitamente todas as coisas se tornam claras ocorrem quando o indivíduo enxerga novas conexões entre eventos, ideias e circunstâncias.
            O terceiro aspecto da inteligência é que ela é inteiramente particular. A inteligência de uma pessoa é tão única quanto uma impressão digital. Pode haver sete, dez ou centenas de formas diferentes de inteligência, mas cada um de nós as utiliza numa fórmula peculiar. Meu perfil de aptidões tem uma combinação de inteligências dominantes e latentes bem diferente do seu. Irmãos gêmeos usam suas inteligências de maneiras diferentes e, obviamente, o mesmo acontece com pessoas que estão em cantos opostos do planeta.
            Tudo isso retoma a pergunta que fiz anteriormente. De que maneira você é inteligente? Saber que a inteligência é diversa, dinâmica e pessoal lhe permite formular essa pergunta de uma maneira diferente e isso é um dos componentes centrais do Elemento. Quando você destrói suas noções preconcebidas sobre a inteligência, pode começar a vê-la sob novas formas. Ninguém pode ser representado por uma única pontuação intelectual numa escala linear, da mesma forma que duas pessoas com a mesma pontuação não serão capazes de fazer as mesmas coisas, não terão as mesmas paixões nem as mesmas realizações na vida. O novo paradigma do Elemento é a possibilidade de você se permitir acesso a todas as maneiras de vivenciar o mundo e descobrir onde estão suas verdadeiras forças.
            Apenas não as considere como certas e naturais.

Além da imaginação

Está tudo na sua imaginação

O poder da criatividade: Imaginação não é o mesmo que criatividade. A criatividade leva a mecânica da imaginação a outros níveis.

Abrindo a mente
            O pensamento criativo é muito mais abrangente do que os tipos de pensamento lógico e linear que dominam a visão ocidental sobre inteligência, e, principalmente, sobre a educação. Sabemos que os lobos frontais do cérebro são responsáveis pelos pensamentos de maior complexidade. O hemisfério esquerdo é a área mais envolvida no pensamento lógico e analítico. Entretanto, o pensamento criativo envolve muitas outras áreas do cérebro, e não apenas pequenas porções na região frontal e no lado esquerdo.
            Ser criativo é fazer novas conexões cerebrais para podermos enxergar as coisas de novas formas e por diferentes perspectivas. No pensamento lógico vamos de uma ideia a outra por meio de uma série de regras e convenções. Aceitamos alguns movimentos lógicos e rejeitamos os que são ilógicos. Por exemplo, se A + B = C, podemos calcular o valor de C + B. Os testes convencionais de QI avaliam esse tipo de pensamento. No entanto, as regras do pensamento lógico ou linear nem sempre servem para orientar o pensamento criativo. Pelo contrário.
            As ideias criativas costumam surgir de maneira não linear, pela compreensão de conexões e similaridades que não haviam sido notadas anteriormente. O pensamento criativo depende muito do que às vezes é chamado de pensamento divergente ou lateral, que nada mais é do que a capacidade de pensar em metáforas ou ver analogias.

            No século XIX, William James se tornou um dos pensadores que moldaram a psicologia moderna. Nessa época, crescia a compreensão de que nossas ideias e modos de pensar podiam nos aprisionar ou libertar. Ele disse:
            A maior descoberta da minha geração é que os seres humanos podem modificar suas vidas modificando sua atitude mental... Se você pode mudar sua mente, pode mudar sua vida.

            Esse é o real poder da criatividade e aquilo que a busca de seu próprio Elemento-chave verdadeiramente se propõe.

Na Zona

Será que já estamos lá?
            Um dos sinais mais fortes de que se está na zona é uma sensação de liberdade e autenticidade. Quando fazemos o que amamos e somos naturalmente bons nisso, é muito fácil nos sentirmos centrados em nosso verdadeiro eu, de sermos quem somos de verdade.
Sendo você mesmo
Recusando rótulos

            Isso significa olhar nossos filhos e entes queridos nos olhos e, em vez de lhes apresentarmos um molde do que deverão ser, precisamos tentar compreender quem realmente são. Foi isso que o psicólogo fez com Gillian Lynne, e que os pais de Mick Fleetwood e de Ewa Laurance fizeram com eles. Se as crianças e jovens forem deixados sozinhos com seus talentos e aptidões, para o que eles serão atraídos? Que tipos de atividade eles tendem a procurar voluntariamente? Que tipo de habilidade eles demonstram ter? O que os absorve mais? Quais são as perguntas que fazem e quais são suas metas?

Encontre sua tribo

Um lugar para se descobrir
            Os integrantes de uma tribo podem ser colaboradores ou competidores entre si, podem ter a mesma visão ou visões totalmente diversas. Também podem ser da mesma idade ou pertencer a gerações diferentes. O que une as pessoas de uma tribo é o compromisso comum com a atividade que sentem que nasceram para fazer. Isso pode ser libertador, sobretudo se você esteve buscando a sua paixão sozinho.
            Quando as tribos se reúnem no mesmo lugar, as oportunidades para inspiração mútua podem se tornar muito intensas. Em todos os domínios houve poderosos agrupamentos de pessoas que impulsionaram a inovação por meio da influência que tinham uns sobre os outros e do ímpeto que criaram como um grupo.

O que eles vão pensar?

            Encontrar o Elemento-chave pode ser difícil sob vários aspectos e nós já vimos alguns deles. Às vezes, o obstáculo vem de dentro, de uma falta de confiança ou medo do futuro. Em outras, a principal barreira está na imagem e nas expectativas que pessoas mais próximas têm sobre você. Em outras ainda, o obstáculo não são pessoas que você conhece, mas a cultura geral na qual você está inserido.
            Penso nas barreiras que dificultam a descoberta do Elemento-chave como três círculos concêntricos de controle: o pessoal, o social e o cultural.

Você acha que é uma pessoa de sorte?

            O elemento-chave também é uma questão de atitude.

Alguém me ajude!

É tarde demais?

Por amor ou por dinheiro


Atingindo a nota máxima

Um comentário:

  1. Obrigado, por sua resenha, sabiamente acrescida por suas explicações.
    Abraços

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